A Fortaleza da Torre Velha é um dos mais importantes exemplares da arquitetura militar renascentista portuguesa, tendo sido mandada construir por D. João II, no lugar do antigo Forte da Caparica, edificado no reinado de D. João I.
Foi um dos primeiros sistemas integrados de artilharia para defesa do estuário do Tejo, conjuntamente com a Torre de Santo António de Cascais (baluarte de Cascais) e a Torre de São Vicente de Belém. Mais tarde, em 1571, D. Sebastião mandou ampliar a construção, transformando-a na Fortaleza de São Sebastião da Caparica. Durante a ocupação filipina sofreu algumas mudanças na estrutura e ficou conhecida como Torre dos Castelhanos. No final do século XVII a fortaleza voltou a receber obras de consolidação.
Desativada em 1801, a fortaleza passou a funcionar como lazareto, acolhendo viajantes de barco que precisassem de ficar de quarentena após o desembarque. Foi reaproveitada para fins militares em 1832, mas algumas décadas depois já só servia para depósito e alojamento.
Atualmente, mantêm-se as partes fundamentais existentes em meados do século XVII, como comprova uma planta desenhada em 1692. A planta desenvolve-se em U, composta por três corpos e três baluartes com casernas. Uma das extremidades do forte é prolongada por um baluarte e pela torre de vigia. Junto à porta de armas foi edificada a capela, dedicada a São Sebastião. O corpo central da Torre Velha é de planta quadrangular, rebaixada, à qual foi adossada a casa do governador. A antiga porta da praça, junto à torre, ostenta escudo com as armas de Portugal.