Palacete mandado construir por Lino Henriques Bento de Sousa, típico brasileiro torna-viagem, natural da freguesia de Lobão, Vila da Feira. Ali viveu com a sua mulher D. Maria Albertina Saraiva de Sousa, tendo recebido em 10 de março de 1906 o título de Visconde concedido por D. Carlos I e em 22 de fevereiro de 1908 o de Conde de Lobão concedido por D. Manuel II. Como não deixaram descendentes, o casal legou a Casa e o seu recheio à Câmara Municipal do Porto.
Todo o conjunto é marcado por uma arquitetura de feição arte nova, de onde sobressaem os efeitos decorativos aliados a soluções construtivas (estruturas metálicas) que lhe conferem uma assinalável coerência.
A casa de características de chalé, com planta retangular, integra ao centro um corpo mais elevado e apresenta alçados ritmados pela composição dos telhados. Destacam-se os beirais apoiados em peças de madeira trabalhada e o envidraçado do alçado das traseiras apoiado numa estrutura de ferro fundido. No interior, os seus tetos em estuque com linhas sinuosas e ondulantes, em entrelaçados envolvendo flores, foram a principal obra em Arte Nova de António Enes Baganha (1880-1934).
O jardim tem diversas árvores de grande porte e plantas exóticas, trazidas do Brasil, como Carvalhos, Jacarandás e Magnólias. Possui também um lindíssimo coreto, um moinho de vento, uma bela estufa com vidros coloridos e um pequeno lago.
Atualmente, o palacete é parcialmente utilizado pelo Instituto dos Serviços Sociais, ali funcionando um centro de reabilitação para jovens adultos portadores de deficiência motora e intelectual carenciados.